sábado, 29 de setembro de 2012

A coragem de uma paixão. Aconteceu então. parte 5


 
Eu magoada com o fora da noite, fiquei p da vida ouvindo a companhia tocar insistentemente naquela madrugada.

E quando fui ver o que era o meu filho havia atendido a porta e estava falando com Kaique.

Eu senti o chão se abrir para mim, não pude acreditar. Aquele moleque havia invadido a minha casa, numa falta de educação que me irritou e numa coragem de me dobrou.

- Mãe quem é esse cara? – perguntou o meu filho.

E os dois um enfrente ao outro, me mostrou que eram jovens demais, mesmo o meu filho tendo quinze anos e Kaique lá os seus 18... Mas ali parecia irmão, amigos das mesmas baladas.

Kaique então se moveu entrando na casa.

- Eu preciso falar com a sua mãe...

- OOOO, não vai entrando assim não na minha casa... - disse o meu filho.

Era uma situação complicada.

- Espere filho... Eu falo com ele. – Era a única coisa que eu pude  fazer para não causar uma discussão que daria numa briga...

Assustado o meu filho insistiu.

-Quem é essa cara mãe?

- Ele trabalha com a mãe e quer falar algo importante. – Eu tive que mentir, para não causar mais constrangimento a todos.

Meu filho de alguma forma entendeu e saiu ainda que raivoso da sala quando eu pedi.

Kaique entrou e pegou em minhas mãos o que eu tirei rapidamente. A ficha naquele momento caiu. Eu havia trazido aquele moleque para dentro de casa. Santo Deus. Derrepente meus pais, meus avos, amigos meu filhos estavam todos e cima de mim.

- Eu preciso falar com você. Foi tudo um momento ruim um contra tempo. – Ele disse tão maduro que pensei estar ouvindo o meu ex-marido.

- Tá. Vamos conversar, mas não aqui. Amanhã a gente se fala na padaria que nos vimos pela primeira vez!

- Você está magoada comigo. Eu sei!- ele insistiu docilmente, como se estivesse perdendo algo muito caro a ele. Foi o que percebi.

- Eu já disse amanhã a gente se fala. Ta bom!

- Me ouça só um instante.

-Ouça Kaique, amanhã. Ou você sai ou eu chamo a policia.

Eu vi lagrimas em seus olhos. Uma fisionomia agora de menino querendo muito se explicar. Como vi meu filho varias vezes. 

Kaique saiu como eu pedi e ainda cochichou que me esperaria as 7 na padaria.

Eu quis matar o Kaique por toda a noite que ele me deu, mas algo em mim me apascentou. E de alguma forma me dava alguma certeza de que ele gostava de mim. Por tudo o que fez, por seu desespero. Algo sério deveria ter acontecido. Algo sério em nossos sentimentos acontecia.

Sorri levemente e vi o rosto de meu filho me olhando na porta da cozinha.

- Mãe o que esta havendo! Quem é esse cara? – insistiu ele.

Eu então engoli a seco.

- Vai dormir amanhã a gente conversa! – Eu disse furiosa por ver o meu filho invadindo a minha vida.  Algo que me surpreendeu e surpreendeu ele também.

A mulher que sou estava brigando com mãe  que sou dentro de mim.